Algas não estão
associadas a alimentos para pessoas apenas quando se fala em sushis.As algas vermelhas, encontradas na costa do
Nordeste brasileiro, são matéria-prima importante de indústrias do setor, como
a de cerveja e a de doces.
A procura por essas
algas chegou a diminuir a ocorrência de algumas espécies décadas atrás. Hoje,
no entanto, a coleta controlada e o cultivo afastaram os riscos ambientais.
A carragena, pó extraído de algumas espécies de algas
vermelhas, é usada no processo de clarificação de cervejas, como faz a Ambev.
Mestre cervejeiro do Instituto da Cerveja,
Alfredo Luís Barcelos Ferreira afirma que a carragena facilita a retirada de
proteínas que fazem a bebida ficar turva.
Outra substância
extraída desse tipo de algas, o ágar-ágar, é usada
pela Val Alimentos, de Vista Alegre do Alto (SP), para dar consistência ao
marrom-glacê, feito de batata-doce. “O ágar-ágar ‘rouba’ água
do doce e a textura fica apropriada para o corte“, afirma Alana
Queiroz, técnica de qualidade da empresa.
Quando misturado com água, o
ágar-ágar forma uma gelatina sem gosto, que não derrete em temperatura
ambiente.
Apesar de as algas serem normalmente
coletadas em recifes de coral próximos à costa, há no Brasil algumas
experiências de cultivo.
Uma delas é a da Amar (Associação das Maricultoras de Rio do
Fogo), na praia de Rio do Fogo (RN), a cerca de
80 km de Natal. Maricultores são todos os trabalhadores que se dedicam à
produção de espécies marinhas, como mariscos, ostras e algas.
A presidente da
Amar, Nizia Maria Silva de Freitas, conta que o cultivo de algas vermelhas
começou com um projeto mantido pelo governo. “Já apanhávamos e
vendíamos as algas, mas agora ficou melhor, porque protegemos os bancos de
corais“, afirma.
FONTE: Blog do Robson Pires
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