Pela segunda vez em 24 anos, o Senado cassou nesta quarta-feira (31) o mandato de um presidente da República. Por 61 votos a 20, os senadores aprovaram o processo de impeachment de Dilma Rousseff, primeira mulher eleita para o Palácio do Planalto, em 2010, e reeleita em outubro de 2014 com 54 milhões de votos.
Afastada da Presidência desde 12 de maio, Dilma será substituída em definitivo por seu vice, Michel Temer (PMDB), que ocupava o Palácio do Planalto de maneira interina desde a suspensão da petista. A aprovação do processo dependia do apoio de pelo menos 54 (dois terços) dos 81 senadores, o que ocorreu. Do contrário, o caso seria arquivado.
Os parlamentares concluíram que a petista cometeu crime de responsabilidade ao praticar as chamadas pedaladas fiscais (o uso de dinheiro dos bancos federais em programas de responsabilidade do Tesouro Nacional) e ao editar decretos orçamentários suplementares sem a autorização do Congresso em 2015.
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