Adriano Abreu
Em Natal, quantidade de imóveis com focos positivos de dengue é alto. Terrenos baldios acumulam criadouros do Aedes aegypti
A informação é fundamentada no Mapa de Vulnerabilidade elaborado pela Secretaria, que segue os critérios de incidência da doença nos últimos 10 anos, o índice de infestação predial (quantidade de imóveis com focos positivos de dengue), índice de imóveis não visitados e densidade demográfica do município. “O mapa é um sinal de alerta, uma estimativa de como o vírus pode se comportar”, explica Stella Leal, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap. Com base no documento, pode-se definir as estratégias de combate a doença, fortalecendo as ações nas áreas de “muito alto” e “alto” risco.
Prevendo a incidência da epidemia na cidade, o setor de saúde de Natal se reunirá nos dias 6 e 7, quinta e sexta-feira, respectivamente, para a formação do Plano de Contingência, informa Alexandre Tavares, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Natal. “Estaremos construindo o plano para então traçar as ações. Os níveis de resposta serão de acordo com os níveis da epidemia”, relata Tavares.
Dentre as ações prováveis, seguindo os parâmetros de gravidade, está a visita dos agentes de saúde que atuam no combate do mosquito ainda em larva e o bloqueio de casos com o borrifar de produtos químicos para eliminação do inseto já adulto.
“A batida de foco não adianta sem a mobilização social. A população tem a informação mas não muda de comportamento”, diz Tavares quanto a necessidade do cuidado no acúmulo de água limpa e parada.
Para o RN, estão previstas ações de monitoramento da doença, com relatos semanais da ocorrência de pacientes com suspeita e confirmação da dengue, acompanhamento dos casos da presença do mosquito nos imóveis, capacitação do serviço de saúde, supervisão técnica e distribuição de larvicida para todos os municípios.
O carro fumacê é pedido pelo município à Sesap quando o estado de epidemia está instalado para que circule nas áreas identificadas com focos do mosquito. No caso, o sistema UBV (Ultra Baixo Volume) mata mosquito transmissor, Aedes Aegypti, já adulto e “se for usado indiscriminadamente pode habituá-lo provocando uma resistência”, não causando o efeito esperado de eliminação.
Fonte: Tribuna do Norte
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