sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Natal é única capital a registrar queda no preço da cesta básica em 2014

Natal foi a única capital do Brasil a registrar queda no preço de cesta básica em 2014. Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) que divulgou nesta sexta-feira (9) os números das 18 capitais em todo o Brasil pesquisadas durante os 12 meses do ano passado. A cesta básica na capital potiguar é ainda a terceira mais barata do país, atrás de Salvador e Aracaju.

De acordo com o Dieese, o valor acumulado da cesta básica caiu 1,70% em Natal se comparado com 2013. O valor médio na capital potiguar é de R$ 268,71, sendo a terceira mais barata. Apenas Salvador (R$ 267,82) e Aracaju (R$ 245,70) ficam à frente neste quesito.

Além da capital potiguar, foram pesquisadas as cidades as Brasília, Aracaju, Florianópolis, Goiânia, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, João Pessoa, Curitiba, Recife, Manaus, Belém, Vitória, Fortaleza, Campo Grande, Belo Horizonte e Salvador.

Em dezembro, a cesta básica na capital potiguar aumentou 3,78% e passou a custar R$ 268,71. Em um ano, os gêneros alimentícios apresentam queda de -1,7%, uma vez que em dezembro de 2013 a mesma cesta custava R$ 273,36.

Entre novembro e dezembro, os dois maiores aumentos foram anotados no feijão carioquinha (17,58%), no tomate (11,62%), na farinha de mandioca (7,87%) e na banana (7,69%). Óleo de soja (1,99%), carne bovina (1,61%) manteiga (1,57%) e pão (1,29%) subiram abaixo do percentual verificado na cesta (3,78%). Houve recuo no valor do leite in natura integral (-1,28%), café em pó (-0,94%), arroz (-0,77%) e açúcar (-059%).

Em dezembro de 2014, o trabalhador natalense remunerado pelo salário mínimo comprometeu 81 horas e 39 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais, tempo inferior às 88 horas e 42 minutos exigidas no mesmo período de 2013. Em novembro de 2014, a jornada comprometida foi um pouco menor, já que naquele mês eram necessárias 78 horas e 41 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, a relação era de 40,34% em dezembro de 2014, 41,04% em igual mês de 2013 e 38,87%, em novembro último.

Ainda segundo o Dieese, a maior variação anual foi registrada em Brasília, no valor de 13,79%. Já o menor aumento aconteceu em Salvador, de 1,01%.

Em dezembro de 2014, a jornada de trabalho necessária para a compra dos alimentos essenciais por um trabalhador remunerado pelo salário mínimo, na média das capitais pesquisadas, foi de 93 horas e 39 minutos, maior do que o tempo exigido em novembro (91 horas e 44 minutos). Em dezembro de 2013, a jornada exigida foi superior, já que naquele mês foram necessárias 94 horas e 47 minutos.


Tribuna do Norte

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