Jerusalém (AE) - A ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza deixou ontem ao menos 25 mortos. Enquanto militantes em Gaza disparavam foguetes contra as cidades de Jerusalém e Tel-Aviv, o Estado judeu mobilizou suas forças ao longo da fronteira para uma possível invasão terrestre. A ofensiva de ontem já é a mais pesada desde o último conflito entre Israel e o grupo militante islâmico Hamas desde a batalha de oito dias em novembro de 2012. Os militantes dispararam cerca de 160 foguetes contra Israel, segundo autoridades israelenses. Médicos palestinos relataram que pelo menos 25 pessoas morreram, incluindo seis mortos em um ataque aéreo que destruiu um prédio de apartamentos ao sul de Gaza.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que os ataques contínuos com foguetes contra as comunidades israelenses não seria tolerada. “Por isso, eu ordeno que os militares ampliem significativamente a sua operação contra os terroristas do Hamas e contra os outros grupos terroristas dentro de Gaza”, disse ele na televisão nacional.
Israel e Hamas são inimigos ferrenhos que se envolveram em inúmeras rondas de combate ao longo dos anos. Mas até recentemente, tinham vindo a observar uma trégua que encerrou as hostilidades vistas naquele final de 2012.
As tensões têm aumentado desde que militantes palestinos supostamente sequestraram três adolescentes israelenses na Cisjordânia em 12 de junho. Acusando o Hamas de estar por trás dos sequestros, Israel lançou uma ofensiva contra os membros do grupo na Palestina e prenderam centenas de pessoas. O Hamas, que controla Gaza, respondeu intensificando ataques com foguetes.
Ontem, o governo de Israel havia dado ao Exército permissão para mobilizar até 40 mil reservistas, na medida em que intensifica os preparos para uma ofensiva na Faixa de Gaza. A decisão aconteceu horas depois de Israel ter lançado uma ofensiva com o objetivo de interromper o pesado disparo de foguetes contra seu território, o que vem acontecendo há semanas. O Exército israelense disse que não há planos imediatos para convocar os reservistas, mas a ordem é uma medida de contingência para o caso de necessidade de expandir a ofensiva.
No Iraque, ontem, representantes da Organização das Nações Unidas disseram que o grupo extremista islâmico Estado Islâmico do Iraque e do Levante assumiu o controle de um arsenal de 2,5 mil foguetes químicos de gás sarin que foram armazenados juntamente com outras armas químicas. O embaixador do Iraque na ONU, Mohamed Ali Alhakim, relatou em uma carta ao secretário-geral, Ban Ki-moon, que "grupos terroristas armados" assumiram o depósito de armas em Muthanna, a noroeste de Bagdá
Tribuna do Norte
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