O sentimento de perder o emprego apresentou a maior alta porcentual (5,76%) entre as pessoas que estudaram até a quarta série do ensino fundamental, atingindo 73,4 pontos em junho, contra 69,4 pontos de março. Entre as pessoas com curso superior, o receio de ficar desempregado ficou em 80,9 pontos em junho, ante 78,0 pontos, em março, ou seja, crescimento de 3,72%
O Sul do País foi a região onde o indicador mais cresceu porcentualmente (7,85%) entre março e junho, passando de 71,3 pontos para 76,9 pontos no período. No Norte e no Centro-Oeste, o medo do desemprego atingiu o maior valor entre as regiões, com 82,4 pontos, em junho; frente 77,0 pontos, em março, alta de 7,01%.
Essa pesquisa da CNI foi divulgada uma semana depois de o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apresentar o pior desempenho em geração de vagas para o mês de maio desde 1992. Foram criadas 58,8 mil vagas com carteira no período, uma queda de 18,3% em relação a maio de 2013.
A CNI ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 13 e 15 de junho para elaborar o estudo apresentado nesta segunda. Na semana passada, a entidade já havia divulgado outra pesquisa, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), sobre a expectativa do consumidor, verificando que o brasileiro teme o aumento do desemprego e a queda na renda pessoal - foi o pior resultado nesses itens desde 2005.
Satisfação
Na contramão do medo com o desemprego, o Índice de Satisfação com a Vida da CNI cresceu de 102,2 pontos, em março; para 103,1 pontos, em junho. Foi uma alta de 0,9% em junho. Entre brasileiros com curso superior, o índice de satisfação de junho foi de 104,9 pontos, ante 103,7 pontos em março. Já entre as pessoas que estudaram até a 4ª série do ensino fundamental, o índice recuou 1,56%, de 102,7 pontos, em março; para 101,1 pontos, em junho.
Considerando o critério de porte do município analisado, o índice de satisfação com a vida é maior em localidades que têm entre 20 mil e 100 mil habitantes (105,2 pontos). É maior, também, entre aqueles que ganham mais de dez salários mínimos (109,5 pontos).
Tribuna do Norte
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