Medicina, Engenharia, Direito, Psicologia. Nenhuma das carreiras tradicionais – e concorridas – se encaixava nos sonhos da estudante Maria Gildênia Ferreira de Moura, 22 anos. Nascida em Assu, a ambição da sertaneja era maior: decifrar como a energia, gerada em altas voltagens nas hidrelétricas, chegava às casas. Grande parte dessa vontade veio do pai, Genilson de Moura, que a vida toda trabalhou como eletricista. Em 2011, Gildênia veio para a capital com o objetivo de trabalhar na distribuidora de energia elétrica do estado. “Quando eu olhava da casa da minha tia, só pensava em trabalhar do outro lado da rua”, lembra. Encontrou no curso subsequente de Eletrotécnica do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) as portas para a Cosern. Hoje, a estudante é funcionária do corpo administrativo da companhia.
Maria Gildênia faz parte do corpo de profissionais que dão nova cara à mão de obra potiguar. São técnicos e tecnológos formados pelo IFRN que ocupam hoje as lacunas do mercado de trabalho. De acordo com a Pesquisa de Acompanhamento de Egressos (PAE), realizada pelo instituto em 2013 com 2.523 ex-alunos , apontou que 59% dos formados estão inseridos de alguma forma no mercado de trabalho. Destes, 36,7% está empregado e continua estudando. A empregabilidade é ainda mais forte nas cidades-pólo, como Mossoró, Parnamirim e Natal.
O instituto – que já foi Escola Técnica Federal do RN (ETFERN) e Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) – mantém o objetivo de formar profissionais para suprir os setores produtivos do estado. De acordo com a pró-reitora de extensão do instituto, Régia Lúcia Lopes, essa inserção se inicia com o vínculo de estágio. “Os pesquisados dizem que julgam o estágio como o fator mais importante na sua entrada no mercado de trabalho”, aponta Régia. Em 2013, por exemplo, 394 alunos foram encaminhados para estágio.
Entretanto, essa
A pesquisa realizada em 2013 também apresentou que 50,6% dos entrevistados continuam atuando em área relacionada à sua formação. Entre os setores de atuação dos formados, os maiores percentuais estão na educação (23,72%), administração pública (13,38%), construção civil (10,14%), indústria extrativa (7,97%) e atividades financeiras (6,42%).
Nem sempre
A eletrotécnica Maria Gildênia Ferreira tinha isso em mente quando começou a estagiar na Cosern. Contratada como profissional desde janeiro, ela tratou de ir em busca do financiamento do ensino superior. Um programa da companhia banca parte da graduação de Gildênia em Engenharia Elétrica, em uma universidade particular. “Nunca devemos parar, é importante continuar estudando para crescer na empresa e conseguir novos conhecimentos”, aponta.
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