Os tripulantes participavam da 26ª Edição da Regata Recife/Fernando, que saiu de Pernambuco às 14h de sábado (27) em direção ao arquipélago de Fernando de Noronha (PE), quando o trimarã quebrou no meio da travessia, às 23h do sábado. Eles relataram que dois barcos de
Os irmãos Jorge e Roberto Neves, 59 e 66 anos, são os proprietários da embarcação que quebrou e estavam no momento do acidente. Essa seria a 10ª regata que os irmãos, naturais de Pernambuco, concluiriam. Jorge, um dos capitães do navio, explicou que uma das causas para o acidente pode ter sido o rompimento da viga de ligação, além da alta velocidade a que eles estavam velejando. “Nós queríamos chegar pela manhã em Fernando de Noronha, com a velocidade que nós íamos, a gente estava em 2º ou 3º lugar”, explicou.
O navio de bandeira liberiana, que saiu do Rio de Janeiro em direção a Nassau, nas Bahamas os resgatou. “Os russos foram extremamente gentis e prestativos, nos deram
Segundo Álvaro da Fonte, 53 anos, o bote-salva vidas subiu par a a superfície do mar por volta das 3h do domingo (28), mas o único elemento que restava no bote era água. Álvaro explicou que 100ml de água potável foi o que cada um bebeu durante o domingo. “Foi inacreditável. O nosso plano era nadar e tentar puxar o bote somente pela manhã”, disse.
Álvaro da Fonte relatou que a ajuda mútua e o conhecimento marítimo foram fundamentais para a sobrevivência da tripulação. “Além de muita sorte”. Ele ia assumir o comando do leme quando ouviu um estrondo forte.
O sobrevivente ainda disse que o barco começou capotar quando houve o barulho e no fim ficou completamente emborcado. “Do momento do barulho até o barco ficar emborcado durou pouco. Foi muito difícil sair da embarcação, parte de nós ficou em cima da proa, os
Um dos tripulantes, Marcos Vitorazzo, 58 anos, é vistoriador naval em
Os tripulantes da embarcação pernambucana, haviam perdido o contato com a Comissão Organizadora da 26ª Edição da Regata Recife/Fernando de Noronha desde às 22h30 de sábado, nas imediações da cidade de Cabedelo, na Paraíba. Outro sobrevivente é o tripulante Jorge Silvestrine, 54 anos, que mora em Santa Catarina. Ele seguiu para um hotel em Natal, onde eles devem permanecer até hoje (30).
O pernambucano René Hutzeler, 36 anos, estava à frente do leme há 3h quando sentiu o estrondo. René não tem parte da audição, ele explicou que teve medo pois caiu imediatamente na água. Assim como os outros, o pernambucano não conseguiu resgatar nada “Apenas as nossas vidas”.
O tripulante foi um dos que sofreu com hipotermia, mas que foi ajudado pelos amigos quando começou a passar mal. “Agora terei que comprar outro aparelho auditivo, nem isso eu consegui salvar”, brincou.
O naufrágio
A embarcação: Modelo Nativo trimarã 33.
A tripulação: 6 pessoas de Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo.
O que faziam no mar: Participavam da 26ª Edição da Regata Recife/Fernando. Para os irmãos Neves (donos do navio) essa seria a 10ª regata.
Saída: Às 14h de sábado de Recife em direção a Fernando de Noronha.
Tempo no mar: Após o acidente, os seis tripulantes ficaram 32h à deriva.
O resgate: Foram resgatados às 10h da manhã de ontem (segunda-feira) a 28 milhas náuticas do litoral de Natal (algo em torno de 50 km de Natal). O resgate foi feito por navio de bandeira liberiana ‘Krasnodar’.
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