Na decisão, a juíza levou em consideração o bom comportamento da detenta. Em um dos trechos da sentença, a juíza lembra que Suzane, hoje com 30 anos, tinha 18 anos quando praticou o delito e desde que está presa tem marcado sua pena pelo bom comportamento.
“Encontra-se presa há 12 anos, não apresenta anotação de infração disciplinar, exerce atividade laborterápica com bom desempenho e ganhou moção de elogio na unidade prisional onde se encontra”, diz a juíza em sua decisão.
O promotor da Vara de Execuções Luís Marcelo Negrini de Mattos, que atua no caso, informou que vai recorrer da sentença. Segundo seu colega Paulo José de Paula, o Ministério Público se manifestou contra a progressão, lembrando que Suzane não foi aprovada nos testes de análise de perfil.
“Embora tenha sido equilibrada no exame criminológico, ela não passou no teste de Rouchet, que analisa o perfil da personalidade do sentenciado. Dois psicólogos que analisaram o teste a reprovaram”, disse José de Paula. Segundo ele, o teste, que foi realizado há cerca de três meses, é feito em casos de crimes mais graves e violentos.
Suzane e os irmãos Daniel e Christian Cravinhos foram condenados por terem matado o engenheiro Manfred von Richthofen e sua mulher, Marísia von Richthofen, na noite de 31 de outubro de 2002, quando o casal dormia em sua casa, no Brooklin, na capital paulista. Os irmãos receberam a progressão de regime em fevereiro de 2013.
O advogado de Suzane, Mauro Otávio Nassif, comemorou a decisão da Justiça. “Ela está feliz com a decisão e vai começar vida nova. Ela só tem 30 anos, é jovem ainda”, disse. Segundo o advogado, ela vai trabalhar como secretária executiva no escritório de outro advogado, Dernivaldo Barmi, que também a defende no processo e era amigo da família. O escritório fica na Vila Mariana, na capital, e ainda não se sabe em que presídio ela deverá se apresentar todos os dias, após a jornada de trabalho.
Tribuna do Norte
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