quarta-feira, 25 de junho de 2014


A poucos dias do confronto entre Brasil e Chile, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, sábado em Belo Horizonte, as duas seleções entraram num clima de paz e amor. Pelo lado brasileiro, o técnico Luiz Felipe Scolari rasgou elogios aos chilenos que, através do camisa 10, Valdívia retribuíram com palavras não menos elogiosas ao treinador "Canarinho".

Luiz Felipe Scolari "rasgou" elogios à seleção chilena e, mesmo antes da Copa, afirmou que não queria enfrentar o time de Sampaoli

"Se pudesse, escolheria outra seleção. É mais difícil por se tratar de uma seleção sul-americana. Catimba, qualidade, organização... Tudo isso o Chile tem", afirmou o gaúcho. "Vou analisar o time deles e fazer as adaptações necessárias para que a gente chegue bem ao jogo", declarou.

Felipão recordou que o adversário de sábado enfrentou o Brasil em duas ocasiões recentes. Um amistoso em abril do ano passado, em Belo Horizonte, terminou com empate por 1 a 1. Ainda em 2013, em novembro, a Seleção levou a melhor por 2 a 1 em Toronto. "Joguei duas vezes contra o Chile. Vi as dificuldades da nossa equipe e as qualidades do Chile. Algumas pessoas não viam dessa forma, achavam que o Chile seria descartado logo, e não foi assim. Agora, tenho que pensar na minha equipe, ver se tem condições de melhorar para conseguir essa vitória no mata-mata", comentou Scolari.

Para o gaúcho - que também já manifestou sua admiração por Augusto Pinochet, ditador chileno por 17 anos -, será necessário um cuidado maior no Mineirão. Oferecer oportunidades, como aconteceu nas vitórias sobre Croácia e Camarões e no empate com o México, poderá ser fatal. "Na primeira fase, a gente poderia ter um tropeço. Na fase seguinte, a do mata-mata, não dá para ter tropeço, conceder como a gente concedeu uma ou outra oportunidade viva ao adversário. Tem que ter uma estratégia pensada porque, muitas vezes, é jogo de um gol. Não pode cometer tantos erros", avisou Felipão.

Valdívia
Durante os mais de dois anos em que foi comandado por Luiz Felipe Scolari no Palmeiras, Valdivia reclamou de ter sido escalado antes de se recuperar de lesões e que isso dificultava ainda mais a sua presença em campo. Mas o técnico, hoje na Seleção Brasileira, agora é apontado como diferencial dos anfitriões da Copa do Mundo e adversário do Chile nas oitavas de final, no sábado.

"Os diferenciais do Brasil são os 23 jogadores, o treinador e a torcida", definiu o meia, ressaltando não ter privilégios de informação por ter trabalhado com Felipão e jogar no Brasil. "Até a China conhece os jogadores do Brasil, como joga a Seleção, a qualidade do treinador e dos jogadores com mais destaque", sorriu.

Em relação a Scolari, o meio-campista elogia, principalmente, a garra que conseguiu colocar na Seleção Brasileira. Valdivia destaca a marcação permanente no campo adversário, característica que chamou atenção na equipe na conquista da Copa das Confederações do ano passado, também disputada no País. "O Brasil faz uma pressão intensa e vai ser difícil como foi a Austrália, a Espanha e a Holanda. Já seria um adversário difícil para caramba e, como estamos jogando no Brasil, o jogo fica duas vezes mais difícil", analisou o jogador do Palmeiras, mostrando-se fã do rival deste fim de semana.

"O Brasil tem jogadores de qualidade que podem mudar o jogo a qualquer minuto com qualquer jogada, aproveitando muito bem qualquer detalhe. Para mim, não tem ponto fraco, muito pelo contrário, é uma das melhores seleções", elogiou, reforçando que tanto ele quanto Mena, do Santos, e Aránguiz, do Inter, não serão necessários como 'espiões' por jogarem no Brasil. "Não muda nada, absolutamente nada. Até porque a maioria dos craques vem de fora", avisou, confiando no técnico Jorge Sampaoli. 


Tribuna do Norte

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