De acordo com o economista do Itaú, Caio Megale, a Copa tem dois legados, um relacionado às obras de infraestrutura que permitem a realização do evento em si e o que ele considera o principal: o reconhecimento internacional e a expansão dos estados envolvidos com a Copa em turismo. “Acho que o Rio Grande do Norte tem um trabalho particularmente importante a ser feito porque é um destino que atraía muito mais turistas nas décadas de 1980, 1990, do que agora. A Copa é uma grande oportunidade para reverter essa situação”, avalia.
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| Taxa média de ocupação nos hotéis de Natal deve ficar abaixo da esperada durante a Copa, mas há a expectativa de que a mídia prevista para o mundial ajude a reaquecer o fluxo de visitantes |
O momento delicado vivido pelo turismo é reconhecido pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN, Marcelo Queiroz. “No ano passado, a taxa média de ocupação dos nossos hotéis e pousadas ficou abaixo dos 62%. Nos três primeiros meses deste ano, patinou na casa dos 50%. Para a Copa, quando havia uma expectativa de 100% de ocupação, a taxa deve ficar abaixo dos 70%”, comenta.
Na opinião de Queiroz, o momento ruim se deve a questões como falta de infraestrutura e de investimentos na divulgação do destino. Por outro lado, com o Aeroporto Governador Aluizio Alves, ele acredita que seja possível uma recuperação. “Temos um amplo espaço para crescer”, afirma.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Silvio Torquato, avalia que o RN deverá crescer além das projeções apontadas pelo banco. Um dos motivos citados por ele é o novo equipamento, que deverá contribuir para o crescimento turismo no Rio Grande do Norte.
“Com a entrada em operação do novo aeroporto, nós veremos a retomada da presença de turistas. O turismo decaiu muito após a crise na Europa, mas com esse investimento no aeroporto e com a Copa, esperamos que se abram as portas para turistas americanos, mexicanos, japoneses, e com isso teremos um novo leque”, explica Silvio Torquato.
ICMS
Mesmo considerando a força que o Aeroporto Aluizio Alves pode trazer ao turismo, o presidente da Fecomercio pondera que é preciso buscar soluções para melhorar a malha aérea do estado. “Um dos primeiros passos é darmos o incentivo fiscal para o querosene de aviação. Há dados que mostram que reduzir o ICMS sobre o combustível custaria mensalmente aos cofres estaduais cerca de R$ 3 milhões. É um valor possível de se absorver haja visto o benefício que pode trazer para toda a nossa economia”, diz.
De acordo com o secretário Silvio Torquato, a discussão sobre a redução do imposto cobrado no querosene de aviação deverá ocorrer após a Copa.
Saiba mais
A Copa do Mundo será aberta no próximo dia 12. Natal está entre as 12 cidades sedes e vai receber quatro jogos na Arena das Dunas. A primeira partida está marcada para o dia 13 deste mês, entre México e Camarões. No dia 16 de junho, Gana e Estados Unidos se enfrentam. No dia 19 será a vez de Grécia e Japão e, no dia 24, jogam Uruguai e Itália.
Tribuna do Norte
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