segunda-feira, 23 de junho de 2014

PT homologa Dilma como candidata à reeleição

Na conveção nacional do PT, Dilma agradece
apoios e apresenta plano de transformação nacional
Brasília - Sob gritos de guerra da militância e defendendo reformas administrativa e política, o PT homologou neste sábado a candidatura da presidenta Dilma Rousseff à reeleição. Tendo como pilar-base da campanha um plano de transformação nacional, Dilma prometeu melhorar as políticas sociais que caracterizaram o primeiro mandato, como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha e o Mais Médicos. “Nossa missão é dar vida a essas mudanças”.
No discurso que fez no início da tarde, ela defendeu o projeto de participação popular nas decisões do governo, proposta que recebeu críticas de setores conservadores da sociedade, que enxergam na proposta uma tentativa de diminuir a importância do Parlamento. “Não vejo nenhum caminho para a reforma política sem a participação popular.  Em 2010, uma menina me perguntou se (uma mulher) podia ser presidente da República. Respondi que sim. É essa garantia que damos de que todos podem: as meninas, os pobres, os negros.”
O discurso foi interrompido pela militância cantando:  “Olê, olê, olá, Dilma, Dilma. Ôle, olá, Lula, Lula.” Dilma aproveitou para elogiar os oitos anos de mandato do ex-presidente Lula a quem chamou de “lenda viva” e agradecer ao vice-presidente Michel Temer.

Dilma também defendeu mudanças nas relações com Estados e municípios. “Muitos dos problemas que ocorrem hoje são em áreas como a saúde, que dependem de uma interface com o governo federal”, disse ela. Os municípios lutam há mais de 10 anos por uma redistribuição melhor dos recursos arrecadados pelo governo federal. Eles defende, de imediato uma maior participação no rateio dos recursos do Fundo de Participação.

 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou  que a campanha eleitoral vai mostrar a afinidade entre os dois. “Vamos provar que é possível terminar mandato sem que haja atrito entre nós”, afirmou o petista, em Brasília. Lula tenta conter notícias de divergências entre ele e a afilhada política. “É possível o criador e a criatura viverem em harmonia”, declarou. “Quando tiver divergência, ela termina, porque Dilma sempre estará certa e eu errado.”

No discurso, Lula também agradeceu o atual vice-presidente Michel Temer na resolução dos problemas por causa da “aliança grande”. Embora dividido, o PMDB aprovou a manutenção da aliança com Dilma. Ontem, o PTB, que havia prometido apoio ao projeto da reeleição, decidiu fechar aliança com o PSDB do senador Aécio Neves.


Tribuna do Norte

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