As estimativas fazem parte de um levantamento feito pelo Ministério do Turismo, que foi divulgado ontem. Segundo o levantamento, a maioria dos turistas que visitarão Natal, durante o Mundial, será de brasileiros. Serão 144,3 mil, enquanto espera-se 27,9 mil turistas estrangeiros. Em todo o país, 600 mil turistas estrangeiros e 3,1 milhões de turistas brasileiros são esperados no período. Eles deverão gastar o montante de R$ 6,69 bilhões.
Os números não dizem respeito, exclusivamente, aos turistas que irão acompanhar a Copa. Mas o Ministério do Turismo espera que os maiores gastos sejam feitos pelos 300 mil turistas estrangeiros que especificamente virão para o Mundial.
Considerando apenas os turistas que estarão em viagens com o objetivo principal de participar de eventos da Copa (jogos e Fan Fest), o Ministério do Turismo estima 1,9 milhão de visitantes, brasileiros e estrangeiros e um desembolso direto de R$ 4,05 bilhões no país.
De acordo com o MTur, em média, os visitantes estrangeiros deverão assistir quatro jogos e a projeção é que gastem R$ 5.500 durante sua estada no país, já descontadas as despesas com passagens aéreas e valores gastos no país de origem. O número desses visitantes foi calculado com base nas vendas de ingressos até a primeira semana de abril.
Na projeção, os dados apresentados para Cuiabá e Natal são os mesmos. Isso se deve pela capacidade dos estádios ser a mesma e as cidades receberem igualmente quatro jogos.
Expectativas
O diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas do Mtur, José Francisco Lopes, afirma que 80% dos turistas estrangeiros que virão para a Copa do Mundo aproveitarão a oportunidade para fazer turismo de lazer. "Em média esses visitantes visitarão entre 3 e 4 cidades".
Lopes destaca que os estrangeiros que vem para Copa são turistas "qualificados", a maioria com nível superior e com uma renda média familiar alta, em média de R$ 25 mil ao mês. "São turistas que não tem medo de gastar. O país tem que aproveitar essa oportunidade".
Para José Lopes, os setores que serão mais beneficiados são os relacionados aos meios de hospedagem, como hotelaria e setor imobiliário; alimentação e de venda de souvenires, como artesanato. O diretor do Mtur acrescenta que no período da Copa das Confederações, realizada no ano passado, em seis cidades-sedes, os visitantes que vieram assistir aos jogos visitaram no total 137 cidades do país. Agora, espera-se que com a Copa, 400 cidades brasileiras sejam visitadas pelos torcedores.
A projeção feita pelo MTur considerou o gasto médio do turista na Copa das Confederações e a proporção de pessoas hospedadas na casa de parentes e amigos durante o evento. A base foi feita a partir da pesquisa do MTur em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Também foram relacionados os gastos médios dos turistas brasileiros considerados pelo estudo de Demanda Turística Nacional e estrangeiros da Demanda Turística Internacional.
De acordo com o recente estudo divulgado MTur/Fipe da Copa das Confederações, a movimentação financeira de toda a cadeia produtiva até o início do torneio foi de R$ 20,7 bilhões; sendo o impacto dos investimentos públicos e privados da Copa de R$ 19,2 bilhões, o impacto dos turistas de R$ 991,6 milhões e o impacto do Comitê Organizador Local de R$ 524,4 milhões.
Tribuna do Norte
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